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Eu não sou a sua Sombra

  • Foto do escritor: Rayla Araújo
    Rayla Araújo
  • 13 de ago. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de jul. de 2020


Muitas vezes por não aceitar ou por não conseguir enxergar nossos próprios defeitos e limitações, nos apoiamos no discurso onde "o problema é o outro e não eu". O problema "só pode" ser o outro.

E enquanto não nos dermos conta que por uma incapacidade nossa em aceitar certas qualidades, defeitos, potenciais, etc culpamos os outros, continuaremos com os mesmos problemas e cairemos sempre nas mesmas discussões sem fim.

É importante lembrar que muitas vezes esse é um processo totalmente inconsciente. Nós projetamos nossa Sombra no outro porque não suportamos vê-la em nós mesmos. Aquilo que acho errado ou digno de repulsa não pode ser meu, então lanço-o no outro. É mais suportável ver aquilo no outro.

O mecanismo da Sombra é tão fascinante e parece importar-se tanto com o bem-estar da pessoa que a projeta que poderia ser chamado de mecanismo de defesa (talvez já seja chamado assim).

O mecanismo da Sombra esconde ao mesmo tempo que mostra a qualidade 'negativa' do sujeito. Mostra no outro e esconde em mim mesmo. É melhor para o Ego manter-se longe da consciência dessa qualidade; pode ser algo que o Ego não suporte conhecer, mas viver sem integrar a Sombra é viver na parcialidade. O que não quer dizer que aprender sobre a própria Sombra e integrá-la irá resolver todos os problemas do sujeito, há muita coisa que precisamos trabalhar em nós mesmos para ter uma existência completa.

Trabalhar no reconhecimento da Sombra não é tarefa fácil. Requer mais que qualquer coisa, a vontade própria do sujeito. Não importa se as qualidades negativas da Sombra lhe são apontadas por todos os lados, se o sujeito recusa em ver o que está mais claro que a água, ele continuará sem ver. E a Sombra crescerá mais e mais.

Todos temos Sombra. Precisamos aprender a não fazer dos outros a nossa Sombra e lidar com maturidade com ela. Somos humanos e imperfeitos, sabemos que estamos sob esta mesma condição, todos nós. Mas reconhecer a falibilidade, a imperfeição e que sim, podemos ser maus em algum momento, podemos ser coléricos em algum momento ainda é muito difícil. É vergonhoso às vezes... Mas é uma atitude necessária.

Conhecendo a Sombra o Ego se torna menos frágil.

Integrar a Sombra, ter consciência do que se é e o que se carrega dentro de si próprio é um grande passo em direção a essa existência completa. É parte do caminho de auto-conhecimento e de tornar-se aquilo que se é. É a chance de encontro com o nosso verdadeiro Centro. Nosso Self.

 
 
 

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